«All that is necessary for the triumph of evil is that good men do nothing» (Edmund Burke)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Onde está o liberalismo?




Há uma confusão generalizada sobre o liberalismo económico em Portugal. Os partidos de esquerda queixam-se frequentemente do alegado "neoliberalismo" do Governo, mas tal pura e simplesmente não existe. Nunca existiu, aliás: pelo menos desde o Estado Novo que os Governos intervêm na economia e na vida das empresas como bem entendem, distribuindo benesses e deixando cair da mesa do orçamento as migalhas de pão que dão de comer a muito boa gente. Basta recordar as cartas quase patéticas que um certo grande empresário do Portugal de então escrevia todas as semanas a Salazar.

Um governo liberal nunca usaria uma 'golden share' (nem permitiria a sua existência!), privatizaria a maior parte das empresas públicas, reformaria o sistema de justiça (porque esta é uma das três funções clássicas do Estado), apoiaria as exportações sem beneficiar a empresa X ou Y, fomentaria a concorrência em sectores onde esta não existe e flexibilizaria as leis laborais. Isso sim, seria liberalismo económico, na linha de Adam Smith (na imagem) e de outros teóricos.

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