«All that is necessary for the triumph of evil is that good men do nothing» (Edmund Burke)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A falácia da estabilidade

Há pelo menos dois anos que o Governo fala repetidamente da necessidade de manter a "estabilidade" para corrigir os problemas do País. Mas este é um argumento enganador: é como se a estabilidade política fosse um fim em si mesma e não um mero meio para atingir um bem maior, que é o da boa governação de Portugal.

O argumento falacioso regressou à ordem do dia com a moção de censura que o BE anunciou esta semana. A este propósito é bom lembrar que as moções de censura são instrumentos legítimos no combate político em democracia. Se o Povo português quisesse que o PS voltasse a ter maioria absoluta tê-la-ia concedido através do voto nas últimas eleições. Ao negar-lhe essa maioria, o Povo abriu caminho ao derrube do Governo, bastando para tal que surja uma moção que una toda a Oposição contra o Executivo.

O País ficará pior se o Governo cair? Não creio.

1 comentário:

  1. Num País em que ninguém vence eleições, perdem-se, e onde os actores principais do exercicio do poder não mantêm uma coerencia, devido às influências e à sede de poder ou protagonismo, é dificil acreditar que os quase 37 anos de "democracia" nos levem no caminho da "boa governação", ainda mais numa situação de completa falência e depend~encia face ao exterior e com a actividade comercial e industrial nacional moribunda, agarrada à sazonal dose de metadona que nos ilude até que o próximo derrotado dê lugar ao novo senhor que há-de mandar.....esta é, na minha opinião, a falácia da realidade.

    ResponderEliminar