Muitos dos meus amigos consideram-me um pessimista a respeito do futuro deste País. Um até me chamou, meio a brincar, "Medina Carreira do Facebook". Porém, na verdade sou um indivíduo extremamente optimista.
Sempre o fui, aliás, até porque creio que não há vantagem em ser outra coisa. Peço desculpa pela banalidade de citar Churchill, mas creio que a ocasião justifica o recurso ao lugar comum. E acredito que mesmo esta década perdida, em que num abrir e fechar de olhos Portugal se transformou numa república das bananas falida, acabará por trazer algo de bom.
Talvez os Portugueses aprendam a lição e fiquem vacinados, após anos de demagogia, mentira e ilusão.
Talvez os Portugueseses aprendam que os bons políticos não são os tipos bem parecidos e bem falantes de quem se diz que têm "carisma".
Talvez os Portugueses aprendam que sem trabalho nada se consegue na vida e que não há almoços grátis (oops, mais um lugar comum).
Talvez os Portugueses aprendam que o papel dos Governos não é "apoiar as empresas" ou "dirigir a economia" mas sim aplicar a Justiça, pôr em prática políticas orçamentais sadias, manter a ordem e a segurança, promover a livre concorrência, garantir o acesso universal aos cuidados de saúde e criar condições para que exista uma genuína igualdade de oportunidades para todos os cidadãos.
(Texto publicado no Farpas)
Talvez sim Filipe. Ou talvez não (que, basicamente, é o que nos diz a história). Mas vamos ser optimistas :)
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