«All that is necessary for the triumph of evil is that good men do nothing» (Edmund Burke)

quinta-feira, 17 de março de 2011

O Governo À Rasca

O principal problema deste governo é o de ser parte integrante da geração à rasca. Lá no fundo, como muitos outros cidadãos, querem emigrar, ser governo num outro país – um qualquer, em que exista maior estabilidade e bem menos problemas. Também eles querem mudar de governo, mas não o podem dizer, porque são o governo e o objectivo do governo é ser poder.

Tal como os jovens da geração à rasca, este governo também é precário – é um governo a recibos verdes, sem saber como será o futuro. E, como os jovens à rasca, a sua grande ambição é ser do quadro, ter uma maioria absoluta. Enfim, encontrar alguma estabilidade, que lhe permita sair de casa dos pais e montar uma sua, que lhe dê hipótese de constituir família, sem o empecilho do partido, como fez Cavaco Silva.

São expectativas aceitáveis e compreensíveis.

O problema é que a situação não se confina a isto: o governo é, também, como a geração dos pais da geração à rasca: farta-se de pagar, está envidado até ao tutano – entre as dívidas herdadas e as novas, contraídas para manter o estilo de vida, está à beirinha de cortar os pulsos. E já não consegue contentar quem quer que seja.

Por isso, dizem que no tal sábado de todas as manifestações, no dia 12 de Março e 2011, o governo reuniu-se num conselho de ministros extaordinário, nos jardim da residência oficial do primeiro-ministro, em S. Bento, para se manifestar, empunhando cartazes e bradando palavras de ordem.

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