«All that is necessary for the triumph of evil is that good men do nothing» (Edmund Burke)

segunda-feira, 14 de março de 2011

Tudo free e bons rapazes!

Era uma vez, um conjunto de empresários quiseram investir em Portugal. Era uma vez, estabelecem vários contactos para o seu intento, afinal de contas, criavam-se mais empregos, riqueza e, pasme-se, importava-se um conceito totalmente inovador no país, local ávido de novidades e de comparações com a Europa, essa senhora cada vez mais inalcançável! Era uma vez, nasce um empreendimento, com nome inglês e tudo! porque isto de ser europeu e cosmopolita tem o que se diga, ainda que o povo mal saiba ler e escrever! Era uma vez, nasce o freeport, aliás nome curioso, já que free, foi como, alegadamente, se sentiram alguns dos intervenientes no processo, e como sempre, porque em Portugal as coisas querem-se de modelo europeu, aliás foi um port free (porto livre), espécie de local onde, parece, as regras pouco contam! Era uma vez, e alguém quis investigar como este sentimento free deu origem a uma série de tomada de decisões, no mínimo estranhas. Era uma vez, e as autoridades judiciárias, fruto do seu trabalho, descobrem uma possivel teia de confusões e promiscuidades no que toca a todo o processo. Era uma vez, e tenta-se tirar a limpo toda a estória do processo e a partir daqui, pasmemo-nos todos, começamos a divergir da Europa e mostramos que afinal de contas somos e seremos sempre habitantes de um free port com 900 anos de estória e de comportamentos próprios. Era uma vez, e os agentes da justiça, essa figura surda e muda, no seu habitual laboro tentam ouvir todos os implicados no processo. Era uma vez, e esse intento fica amputado já que, alegadamente muito ficou por esclarecer. Era uma vez, e os agentes da justiça, por descargo de consciência, vertem no seu relatório uma série de questões que gostariam de ver respondidas. Era uma vez, a PGR, determina um processo de averiguações àquela conduta. Era uma vez, e para este trabalho de averiguações e de determinação de pena a aplicar é “sorteado” (pelos visto mediante um processo virtual e tão secreto que os demais participantes, do Conselho Superior do Ministério Público, o desconhecem), nada mais nada menos que o free Dr. Castro Caldas, indivíduo que, só por mero acaso, já foi colega de governo a quem se endereçavam as interrogações que ficaram sem resposta. Era uma vez, e o PGR, na sua ânsia de demonstrar a sua atitude free, afirma que essa nomeação se baseou, unicamente, na free lei das probabilidades estatísticas. Era uma vez, e o que faz o dito senhor free em quem recaiu, aleatoriamente, a arte de punir os infractores? Usa a sua atitude free e escusa-se a pegar no processo por questões de conflito de interesses? (...mulher de César não basta parecer, tem de o ser). Não, pelos vistos dedica-se ao processo, a acreditar em notícias recentes, como se não houvesse amanhã, na ânsia de determinar o seu desfecho. Era uma vez, e o resultado do processo de averiguações, unicamente assente na free dos intervenientes, segue dentro de momentos, porque somos uma nação port free, em que os trabalhadores laboram com uma produtividade acima da média…europeia, essa velha senhora que tantas dores de cabeça nos dá.
Era uma vez um país,...porque este não o é!

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